DISCURSO DIRECTO

28 novembro, 2007

É A HORA!

O prometido é devido.

Por isso, aqui ficam algumas “notas” sobre a forma como o PSD/Azambuja pode “agarrar” na evidente e escandalosa falta de investimento do Governo socialista no Concelho de Azambuja.

Toda a acção política a desenvolver tem de estar sustentada em duas premissas essenciais. A saber:

- O PSD/Azambuja não deve agir por mero tacticismo político, mas para defender os superiores interesses do nosso Concelho;
- O PSD/Azambuja deve afirmar-se como a única e verdadeira alternativa política à actual gestão socialista.

Assim, e no tocante à questão do PIDDAC para 2008, o PSD tem a obrigação de denunciar com firmeza a inexistência de investimento público, elencando as áreas que carecem desse investimento e as consequências que daí derivam para as condições de vida da população.

Consequentemente, ao PSD local cabe divulgar 3/4 projectos que deveriam ter merecido um enquadramento ao nível do Orçamento de Estado e do PIDDAC. E deve fazê-lo com responsabilidade – isto é, depois de definir tais projectos, o PSD tudo deve fazer para que os mesmos possam ser considerados em futuros OE’s, sejam eles apresentados pelo actual governo socialista ou por um futuro governo liderado por Luís Filipe Menezes.

Tal já foi feito no passado. E com sucesso! Recordo, a título de exemplo, a construção do novo Centro de Saúde em Azambuja e a remodelação da Escola Básica de Manique do Intendente.

Por outro lado, e agora do ponto de vista da “gestão política” imediata, o PSD/Azambuja tem a obrigação de defender o bom legado dos governos social-democratas e contrapô-lo ao desastre governativo dos Engenheiros Guterres e Sócrates, exigindo, em simultâneo, que o presidente da Câmara de Azambuja, Joaquim Ramos, assuma as suas responsabilidades políticas.

De facto, se o Governo do Eng.º Sócrates não investe no nosso Concelho tal apenas resulta de dois motivos: ou a Câmara de Azambuja não entregou projectos na Administração Central ou então o ainda presidente da Câmara não teve peso político para que aqueles tivessem “merecido” cabimento no Orçamento de Estado.

Não existem outras razões. Afinal, o Eng.º Sócrates e o Dr. Ramos são camaradas do mesmo partido político. Falam a mesma linguagem. Contudo, o Concelho de Azambuja não tem tido qualquer ganho com essa identidade e comunhão partidárias. E se assim é, então é tempo de mudar de maioria camarária.

Por isso, o PSD/Azambuja tem o dever de liderar o debate político sobre o OE e o PIDDAC’2008.

E deve fazê-lo através de todos os (parcos) meios que dispõe.
Na Câmara e na Assembleia Municipal, com declarações políticas devidamente sustentadas e politicamente clarificadoras.
Na comunicação social, nomeadamente, através de artigos de opinião dos principais dirigentes locais e autarcas social-democratas.
Na rua, junto da população, por via de um comunicado que dê a conhecer os números do investimento público previsto e realizado nos últimos 20 anos.

AGIR, INTERVIR, LIDERAR!

É isso que os militantes e simpatizantes do PSD querem.
É isso que os eleitores reclamam.
É isso que o Concelho de Azambuja merece!

É A HORA!

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27 novembro, 2007

A "Carta Aberta"

Como antecipei ontem, aqui está a “Carta Aberta” que sugiro:

«CARTA ABERTA DO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE AZAMBUJA AO PRIMEIRO-MINISTRO, JOSÉ SÓCRATES

Excelência e Caro Camarada,

Chamo-me J. Ramos. Sou militante do nosso Partido Socialista. E sou presidente da Câmara Municipal de Azambuja (fica entre Vila Franca de Xira e o Cartaxo).

Dirijo-me a Vexa. para lhe fazer um sentido e público desabafo.

Durante anos a fio, teimosa e cegamente, neguei a maior das evidências: quando o PSD está no Governo, o Concelho de Azambuja tem obra; quando o nosso Partido Socialista governa, o Concelho de Azambuja desespera!

Eu sei. O pior cego é aquele que não quer ver. Mas, permita-me referir a Vexa. que foram as rosas, símbolo moderno do nosso Partido Socialista, que me levaram ao engano. Na verdade, o seu aroma e beleza toldaram-me os sentidos. E nunca me apercebi que tão bela flor tem espinhos, muitos espinhos.

Agora, despertei e quero redimir-me!

Critiquei maldosamente os governos de “betão” do Professor Cavaco Silva. Mea culpa. Estou arrependido. E por isso reconheço perante a Vexa. e Caro Camarada que, entre 1985 e 1995, o Concelho de Azambuja recebeu o maior investimento público de que há memória na sua história contemporânea, o qual permitiu a construção de importantes infra-estruturas e equipamentos sociais, como o Lar e Jardim de Infância da Santa Casa da Misericórdia, o Lar da Nossa Senhora da Purificação em Aveiras de Cima, o novo Quartel dos Bombeiros de Alcoentre, a Escola Básica Integrada de Azambuja e a Escola 2/3 de Aveiras de Cima, o Quartel da GNR em Azambuja, o edifício-sede da Casa do Povo de Aveiras ou as Piscinas de Azambuja.

A seguir, como bom militante que sou do nosso Partido Socialista, defendi e aplaudi os governos socialistas do Eng.º Guterres. Mas, fiz mais! Até zurzi nas declarações políticas que os deputados do PSD faziam na Assembleia Municipal sobre a falta de investimento do Governo no meu Concelho. Mea culpa. Estou arrependido. Pois, ainda hoje não me consigo lembrar de uma única obra que tivesse sido lançada, concluída e inaugurada pelos governos do Eng.º Guterres no Concelho de Azambuja (se Vexa. e Caro Camarada ainda não sabe onde fica o Concelho onde sou presidente, deixe-me situá-lo: fica a cerca de 50 km de Lisboa).

Depois, chegou o governo da “Direita”. Como bom militante socialista que sou, distribuí comunicados, organizei conferências de imprensa e até publiquei uma Carta Aberta, paga pelos contribuintes do meu Concelho, contra a fúria economicista do Dr. Durão Barroso e da Dra. Ferreira Leite! Disse mal deles em todos o lado. Nas reuniões da Câmara. Na Assembleia Municipal. Nos jornais. Nas reuniões do nosso Partido Socialista. Na rua. No café. Em todo o lado! Sempre acreditei que eles eram perigosos… Como estava enganado. Mea culpa. Pois, quando dei por mim, o governo da “Direita” estava a investir no Concelho de que ainda sou presidente de Câmara. Eu bem fechava os olhos, mas o governo da “Direita” teimou em investir! Ele era novo Centro de Saúde em Azambuja, era remodelação na Escola de Manique do Intendente, era Programa Polis, era contratos-programa de acesso a fundos comunitários e sei lá o que mais! Eu não queria ver. Mas, confesso que fui às inaugurações…

Por fim, tive a alegria de ver Vexa. e Caro Camarada como Primeiro-Ministro. Passámos, então, a ter um governo do nosso Partido Socialista! Nessa altura, fiquei extasiado. Até pulei! E agora? Agora se pulo é de fúria! O distinto e mui nobre governo de Vexa. e Caro Camarada não manda dinheiro para o Concelho de que ainda sou presidente! Nem um cêntimo de jeito. O que quer que eu faça com uns míseros mil e quinhentos contos? Mea culpa. Mea culpa. Mea culpa. Ai!, como estou arrependido… Palavra de honra: para a próxima já não me enganam!

Termino esta minha longa epístola com a certeza que Vexa. já sabe onde fica o Concelho de Azambuja e também sabe onde merece pernoitar quando cá vier: nas cadeias de Vale Judeus e Alcoentre, que são as únicas que recebem algum dinheiro do Governo de Vexa.!

Atentamente,
O (ainda) Presidente da Câmara de Azambuja
J. Ramos
»

26 novembro, 2007

Os silêncios têm legendas... (2)

Em Setembro de 2003, o presidente da Câmara de Azambuja, Joaquim Ramos, publicou nos jornais locais MalaPosta, Correio de Azambuja e Fundamental uma Carta Aberta dirigida ao então Primeiro-Ministro Durão Barroso.

Nessa pomposa epístola, que custou aos cofres do Município 1.190,00 euros, o socialista Joaquim Ramos queixava-se das dificuldades financeiras da Câmara de Azambuja, que alegadamente resultavam dos limites ao endividamento municipal determinados pelo Governo PSD/CDS-PP.

Ao tempo, denunciei que tal Carta Aberta foi pouco séria e injusta para com o Governo liderado pelo PSD.

Não o fiz por qualquer “partidarite”. Fi-lo perante factos concretos. E contra factos, não há argumentos!

Na verdade, os limites ao endividamento municipal já tinham sido impostos pelo último Orçamento de Estado aprovado pelo Governo socialista do Eng.º Guterres.

Por outro lado, nessa altura, o Governo chefiado por Durão Barroso já tinha definido um ambicioso programa de investimentos para o Concelho de Azambuja, que veio a ter a sua concretização, nomeadamente, por via do Orçamento de Estado para 2004.

Nesse OE/2004, foi consagrado um investimento público superior a três milhões de euros, sendo que 75% desse investimento destinava-se a construir infra-estruturas essenciais para a qualidade de vida das populações do Concelho de Azambuja, como a conclusão do novo Centro de Saúde de Azambuja ou a profunda remodelação Escola Básica 1, 2, 3 de Manique do Intendente – equipamentos que já estão ao serviço da nossa população!...

Bem… Regressemos aos dias de hoje…

O Orçamento de Estado para 2008 foi aprovado na passada 6.ª feira, com os votos solitários dos deputados do Partido Socialista.

Se a memória e o meu arquivo não falham, este é o pior OE dos últimos 20 anos no que toca ao Concelho de Azambuja!

Quando li o OE, em particular o Mapa respeitante ao PIDDAC, nem quis acreditar!... Então não é que o OE/2008 apenas prevê para o Concelho de Azambuja um “investimento” de uns míseros 7.436 euros?!...

O PIDDAC para 2008 apenas tem cerca de mil e quinhentos contos para obras e intervenções directamente destinadas à melhoria da qualidade de vida das gentes deste Concelho.

E o que fez o socialista e presidente da Câmara de Azambuja?
Joaquim Ramos limitou-se a aprovar uma moção para demonstrar o seu descontentamento e deu conhecimento da mesma ao Primeiro-Ministro Eng.º Sócrates.

O que, aliás, Joaquim Ramos já tinha feito no ano passado e no ano anterior, sem qualquer sucesso visível, pois, desde que os socialistas tomaram conta do Governo em 2005, o investimento público no Concelho de Azambuja baixa, baixa e continua a baixar!

Longe estão os tempos das cartas abertas.
Longe estão os tempos em que Joaquim Ramos convocava conferências de imprensa para dizer mal de Durão Barroso e de Manuela Ferreira Leite.
Longe também estão os tempos em que a Oposição local, em particular o PSD, se insurgia contra os OE’s de miséria do Eng.º Guterres e se batia pelos OE’s dos Governos de Cavaco Silva, Durão Barroso e Santana Lopes, que previam e concretizaram avultados investimentos no Concelho de Azambuja.

A bem do Concelho de Azambuja e da clarificação política, ainda vamos a tempo de pôr um ponto final neste silêncio cúmplice da maioria socialista e da Oposição.

Quanto ao presidente da Câmara de Azambuja, amanhã mesmo publicarei aqui uma minuta de “Carta Aberta” que Joaquim Ramos pode enviar ao Primeiro-Ministro José Sócrates e aos jornais locais Correio de Azambuja e Fundamental (não refiro o MalaPosta porque "desapareceu").

Relativamente à Oposição, e porque só tenho obrigação de ajudar os “meus”, na 4.ª feira aqui deixarei algumas sugestões.

22 novembro, 2007

Excertos - XXV

“ – Visto que nenhum de nós espera actualmente muito da vida, para que serve preocuparmo-nos?
– Todas estas convulsões políticas produzem mau efeito nos negócios.
Que interesse há em adquirir um aspirador se a corrente é constantemente cortada?
– Posso adiantar-lhe algum dinheiro, Mister Wormold.
– Não, não, não é isso. A minha preocupação não é imediata, nem mesmo para os tempos mais próximos; é apenas relativa ao futuro.
– Então não vale a pena considerá-la uma preocupação. Vivemos na idade atómica, Mister Wormold. Carrega-se num botão, pft!
Onde estamos nós? Outro whisky, por favor.”

O Nosso Agente em Havana, de Graham Greene

21 novembro, 2007

Realpolitik à portuguesa

Com a devida vénia, aqui publico o post que o meu amigo Vitor Reis publicou ontem no 4.ª República, cujo teor subscrevo em absoluto:

«... 20 de Novembro de 2007.
A diplomacia portuguesa realizou hoje um exercício esforçado.
É a "realpolitik" em nome da comunidade portuguesa na Venezuela.
Com petróleo à mistura e a Galp de permeio.
Houve manif no aeroporto.
Houve reunião com o Primeiro-Ministro, com declarações em directo.
Até parecia a sala oval com lareira e um cenário a condizer.
O nosso patriotismo e a defesa dos superiores interesses nacionais, ditou este espectáculo.
Um espectáculo estranho, com uma figura excêntrica.
Como já todos aprendemos, o Sr. Chavez náo é uma pessoa confiável.
Os últimos anos na Venezuela atestam-no.
Então, o que pode levar um Governo a acreditar que a boa vontade do Sr. Chavez irá proteger a comunidade portuguesa na Venezuela?
A resposta é simples. Pelo menos, tentaram! Esforçaram-se e até engoliram um valente sapo ao jantar em S. Bento.
Esperemos que o jantar não tenha sido tão indegesto, como o espectáculo a que assistimos...... mas que, infelizmente, temos que compreender.»

20 novembro, 2007

Maçaricos!

Pelos vistos, uns meros maçaricos podem conseguir bloquear a localização do Novo Aeroporto em Alcochete!

Os maçaricos em apreço voam em bandos enormes e poderão cruzar as rotas dos aviões, com o consequente risco de colisão na descolagem ou aproximação à pista.

Para conhecer melhor os maçaricos que põem em causa os estudos da CIP, clique aqui.

18 novembro, 2007

Do tempo que ainda andava no liceu



Eye of the Tiger (Survivor)

16 novembro, 2007

Subscrevo.

"A recusa da Ordem dos Médicos em pôr o seu regulamento deontológico de acordo com a lei constitui um intolerável desafio à primazia da lei e ao Estado de Direito. Não se pode consentir que uma corporação profissional pública - cujos poderes são conferidos pela lei e que deve obediência à lei -- se coloque fora da lei.
O Estado tem de impor o respeito pela autoridade da lei. O despautério da Ordem dos Médicos não pode prevalecer."

Vital Moreira, no Causa Nossa

14 novembro, 2007

Os silêncios têm legendas... (1)

O Mirante da semana passada dá conta que o Posto da GNR de Manique do Intendente será encerrado em breve, na sequência do “famoso” estudo para a reestruturação das forças de segurança encomendado pelo Governo Sócrates no início da presente legislatura.

Na verdade, esta (má) notícia não é nova.

Em 2000, o então Governo Guterres também decidiu pelo encerramento desse posto territorial da Guarda Nacional Republicana.

Mas, nessa altura, houve uma reacção viva e actuante por parte dos principais protagonistas locais:
  • a população mobilizou-se e num curto espaço de 8 dias entregou um abaixo-assinado contra o encerramento do Posto da GNR;
  • a oposição, em particular o PSD, desdobrou-se em iniciativas para travar a decisão do MAI;
  • a Junta de Freguesia organizou sessões de esclarecimento e o presidente do executivo Herculano Valada garantiu que se demitiria se o Posto viesse a ser encerrado;
  • e até a Câmara socialista acabou por se juntar à torrente de vozes que se opunha ao fecho daquela infra-estrutura de segurança (apesar do encerramento decorrer da falta de obras que a Câmara Municipal não tinha feito no Posto…).

Sete anos passados sobre a publicação do Despacho n.º 5983/2000, de 6 de Fevereiro, a notícia do encerramento do Posto da GNR é recebida com aparente tranquilidade por parte de quem tem responsabilidades na condução dos destinos do Concelho de Azambuja e da freguesia de Manique do Intendente.

Parece que todos se resignaram. A não ser que me tenha escapado algum comunicado, alguma declaração política, alguma conferência de imprensa ou alguma sessão de esclarecimento, agora todos estão calados ou pouco dizem. E se dizem, não se ouve.

Então, pergunta-se: os motivos que levaram à defesa entusiástica e determinada do Posto da GNR ainda existem?

Obviamente, sim!

Agora, como em 2000, o encerramento daquele Posto da GNR vai afectar, evidentemente, a qualidade de vida das populações de Manique do Intendente, Maçussa e Vila Nova de São Pedro e a segurança nas escolas ainda existentes nessa região do Concelho de Azambuja.

Por isso, não aceito esta resignação, este silêncio.

Pela minha parte, continuo a acreditar num policiamento de proximidade, continuo a defender que o Posto da GNR de Manique do Intendente carece de mais efectivos e meios, continuo a bater-me por uma efectiva segurança de pessoas e bens naquelas freguesias do nosso Concelho.

Nota:
Após as eleições legislativas de Março de 2002 (que conduziram Durão Barroso a Primeiro-Ministro), reuni com o então Secretário de Estado da Administração Interna, Luís Paes de Sousa. Esta foi uma das muitas reuniões que promovi enquanto vereador do PSD na Câmara Municipal de Azambuja com membros do Governo.
Um dos assuntos discutidos nessa reunião foi, naturalmente, a decisão do Governo Guterres de encerrar o Posto da GNR de Manique do Intendente.
Saí dessa reunião com uma certeza: a decisão do anterior ministro socialista seria suspensa e o Posto não seria encerrado.
E assim foi até os socialistas regressarem ao poder…

12 novembro, 2007

Há 16 anos



MASSACRE DE SANTA CRUZ (TIMOR-LESTE)

11 novembro, 2007

Porque é domingo...

... aqui está mais uma da minha playlist:




Sultans of Swing (Dire Straits)

09 novembro, 2007

Positivo!

Ontem, o projecto político liderado por Carlos Carreiras mereceu o apoio claro dos militantes da Área Metropolitana de Lisboa do PSD.

Quem perdeu tem de assumir a nova realidade sem dramas, nem complexos.
Quem venceu tem a oportunidade de corresponder ao capital de esperança que agora representa.

Pela minha parte, agora como n.º 2 do Conselho de Jurisdição Distrital, continuo com a mesma vontade de sempre: trabalhar em prol de um PSD mais forte e dinâmico, porque acredito que o ideário social-democrata é aquele que melhor serve os interesses e anseios dos nossos concidadãos.

07 novembro, 2007

A ler.

A propósito das ideias de Gordon Brown para o sector da Educação e as alternativas propostas pelo Partido Conservador britânico, David G. Green publicou na Prospect de Novembro um interessante artigo sobre alguns vectores de acção que caracterizam o sistema educativo sueco, que têm garantido elevados níveis de sucesso escolar e uma efectiva igualdade de oportunidades no acesso a um bom ensino.

De facto, ainda continuamos muito atrasados face aos nossos parceiros da União Europeia…

06 novembro, 2007

Pensamento do dia

Apesar do ligeiro atraso, aqui publico uma parábola que, amavelmente, foi enviada pelo Luís Cirilo:

Um fazendeiro coleccionava cavalos e só faltava uma determinada raça.
Certo dia, ele descobriu que o seu vizinho tinha esse determinado cavalo.
Assim, ele atazanou o seu vizinho até conseguir comprá-lo.
Um mês depois o cavalo adoeceu, e ele chamou o veterinário: “Bem, o seu cavalo está com uma virose, é preciso tomar este medicamento durante três dias; no terceiro dia, eu volto e caso ele não esteja melhor, será necessário sacrificá-lo.”
Neste momento, o porco escutava toda a conversa.
No dia seguinte deram o medicamento ao cavalo e foram embora. O porco aproximou-se do cavalo e disse:
“Força amigo! Levanta-te, senão serás sacrificado!”
No segundo dia, deram o medicamento e foram embora. O porco aproximou-se do cavalo e disse:
“Vamos lá, amigo! Levanta-te senão vais morrer! Vamos lá, eu ajudo-te a levantar... Upa! Um, dois, três.”
No terceiro dia, deram o medicamento e o veterinário disse:
“Infelizmente, vamos ter que sacrificá-lo amanhã, pois a virose pode contaminar os outros cavalos.”
Quando foram embora, o porco se aproximou do cavalo e disse: “Amigo, é agora ou nunca, levanta logo! Coragem! Upa! Upa! Isso, devagar! Óptimo, vamos, um, dois, três, isso, força, agora mais depressa vai. Fantástico! Corre, corre mais! Upa! Upa! Upa! Venceste, campeão!”

Então, de repente, o dono chegou, viu o cavalo correndo no campo e gritou: “Milagre! O cavalo melhorou. Isto merece uma festa! Vamos matar o porco para comemorar!”

02 novembro, 2007

Declaração de Intenções

Dentro de poucos dias, os militantes social-democratas vão ser chamados para escolherem os novos órgãos distritais do PSD/Lisboa (Comissão Política, Conselho de Jurisdição, Mesa e Delegados da Assembleia Distrital).

É, assim, tempo de aqui publicar a minha “Declaração de Intenções”.

Apesar de contar com bons amigos na candidatura protagonizada pela Helena Lopes da Costa (como o Carlos Reis e o Nuno Costa, entre outros), desta vez não estarei ao seu lado neste combate político.

Tal como nas eleições de Julho de 2006, vou apoiar o projecto político liderado pelo Carlos Carreiras, tanto mais que as “traves-mestras” daquele se mantêm inalteradas.

Acredito que este projecto é aquele que melhor serve os interesses do PSD, quer na Área Metropolitana de Lisboa, quer no Concelho de Azambuja.

Além de que, como já aqui escrevi noutra altura, «nunca tive jeito para “cambalhotas” ou “piruetas”. Deixo essa arte circense para outros…».

É uma chatice. Mas, a coerência é um princípio do qual não abdico.


Nota:
Ainda a propósito de coerência, quero esclarecer o seguinte:
Na sequência das eleições para a Comissão Política do PSD/Azambuja, que tiveram lugar em 21/07/2007, apresentei um pedido de impugnação junto do Conselho de Jurisdição Distrital. Esse pedido contém vários fundamentos que, na minha opinião, justificam a repetição do acto eleitoral. Um desses fundamentos prende-se com o local da votação – um anexo da casa de habitação do Presidente da Mesa do PSD/Azambuja, António José Matos.
Aquando das eleições para a liderança do PSD, o local da votação escolhido foi, novamente, o referido anexo habitacional. Perante isto a candidatura do Dr. Luís Filipe Menezes apresentou uma reclamação junto do Conselho de Jurisdição Nacional. A reclamação foi deferida e o local da votação alterado para o Quartel dos Bombeiros Voluntários de Azambuja.
Agora, as eleições para os órgãos distritais do PSD/Lisboa também foram convocadas para o tal anexo habitacional, propriedade do Presidente da Mesa do PSD/Azambuja. Por isso, decidi enviar ao Conselho de Jurisdição Nacional uma exposição sobre este assunto. Na sua última reunião, o CJN deferiu a minha pretensão e oficiou o Presidente da Mesa para alterar o local da votação.
Quem me conhece sabe que nunca seria o facto do Presidente da Mesa do PSD/Azambuja apoiar agora a candidatura do Carlos Carreiras que me levaria a alterar a posição de fundo sobre este assunto. Não é defeito, é feitio.

01 novembro, 2007

Alcochete vs. Ota


No passado mês de Junho, a Confederação da Indústria Portuguesa divulgou um estudo que cobria essencialmente aspectos ambientais relacionados com uma infra-estrutura aeroportuária em sítios alternativos à Ota – e disso dei conta aqui.

Agora, a CIP apresenta novos estudos que reforçam as análises preliminares publicadas em Junho, nomeadamente no que respeita à viabilidade ambiental do Novo Aeroporto de Lisboa (NAL) no Campo de Tiro de Alcochete e à redução do custo do NAL e do seu sistema integrado de acessibilidades (estimado em cerca de €3.000M).

Em síntese, e no confronto Ota/Alcochete, os novos estudos da CIP concluem pelo seguinte:


  • A “Solução Alcochete” permite uma significativa redução do prazo de construção do Novo Aeroporto, possibilitando a entrada em serviço significativamente mais cedo que na Ota e com minimização dos custos do investimento inicial, das derrapagens financeiras e dos imprevistos técnicos;


  • A “Solução Alcochete” reduz significativamente os encargos financeiros das expropriações e elimina a pressão especulativa, uma vez que os terrenos em causa são propriedade do Estado;


  • A “Solução Alcochete” possibilita o acesso a fundos estruturais dado que se insere na NUT Lezíria do Tejo;


  • No que respeita à operacionalidade aeronáutica, os dados apresentados pela CIP mostram que, por oposição à Ota, a “Solução Alcochete” i) não apresenta obstáculos orográficos ou edificados significativos, ii) permite a operação simultânea das duas pistas, expansíveis até quatro, iii) tem uma maior compatibilidade operacional com restantes infra-estruturas aeronáuticas, nomeadamente bases da Força Aérea e com a Portela numa fase de transição e iv) tem melhores condições de meteorologia (menos nevoeiro e muito menor turbulência).

Se quiser conhecer em detalhe os novos estudos, clique aqui.

Admitindo – como admito - que estes estudos sejam sérios, então tenho de começar a reconhecer que a “Solução Ota” pode ficar na gaveta.

Por isso, espero que os estudos técnicos do LNEC venham a ser diferentes e que ainda consigam confirmar a viabilidade da “Solução Ota”.

Se tal não acontecer, o progresso tardará a chegar ao Concelho de Azambuja, tanto mais que, por razões de “miopia política”, a maioria socialista que governa a Câmara de Azambuja tem apostado no Novo Aeroporto de Ota como o principal eixo do desenvolvimento concelhio e não definiu quaisquer outras alternativas estratégicas – e não venham dizer que não avisei, porque avisei em várias sessões de Câmara entre 2003 e 2005.


 
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