DISCURSO DIRECTO

28 setembro, 2007

Lembrete

As eleições para a liderança do PSD ficaram marcadas pela questão das quotas e dos consequentes cadernos eleitorais.

No dia em que os militantes social-democratas são chamados a decidir, quero recordar que no XXVIII Congresso Nacional, realizado em Março de 2006, apenas uma das sete propostas de alteração aos Estatutos do PSD consagrava uma mudança radical no actual sistema de quotas e sua influência na capacidade eleitoral de cada militante.

Se essa alteração tivesse sido aprovada, estas “directas” não estariam debaixo da suspeição da falta de transparência e da fraude eleitoral.

Porque, pura e simplesmente, todos os militantes do PSD poderiam votar, independentemente de terem ou não a sua quota paga.

Na Proposta Confiar nos Militantes pode ler-se nomeadamente o seguinte:

«[Esta Proposta] Visa, por fim, terminar com o estigma das quotas e da sua influência nos diferentes actos eleitorais internos. Consequentemente, propõe-se uma solução que garante a igualdade de oportunidades a qualquer candidatura, quer esteja no poder ou na oposição, uma vez que nenhum militante fica impedido de votar por não ter a sua quota em dia. A obrigatoriedade do pagamento de quota mantém-se, mas não tem consequências na capacidade de eleger, apenas na de ser eleito.
Esta é a solução consagrada no direito eleitoral português: mesmo quem tenha os impostos em falta, pode exercer o seu direito de voto. Assim, porque deve o PSD manter um sistema que dificulta a participação dos militantes na sua vida interna e que permite uma oligarquia institucionalizada?»

Fui o primeiro proponente desta proposta de alteração estatutária.

O “espectáculo” que o PSD viveu nas últimas semanas demonstrou que, mais uma vez, tive razão antes de tempo.

Naturalmente, se for eleito como delegado pela Secção de Azambuja ao XXX Congresso Nacional, este será um dos meus “cavalos de batalha”: nenhum militante deve ficar impedido de votar por não ter a sua quota em dia.

25 setembro, 2007

Travesti

Fui membro do anterior Conselho de Jurisdição Nacional do PSD, também ele presidido por Guilherme Silva.

E, por isso, acompanhei de perto a “operação de expulsão” dos militantes de Oeiras e de Gondomar, o “incrível” processo disciplinar contra o então presidente do PSD/Oeiras – que se baseou num artigo de jornal que não constava do processo, sendo que tal artigo era o único elemento de prova! – e o “processo credível” das primeiras directas (nas quais Marques Mendes, segundo dados do Secretário-Geral do Partido, terá sido eleito por perto de 80 militantes de Azambuja, quando só participaram nesse acto eleitoral cerca de 30… Como estava na Sede Nacional, reclamei e de imediato o resultado foi corrigido!).

Nunca tive muitas dúvidas que o CJN não é um órgão puramente jurisdicional, apenas vinculado à lei, aos Estatutos e regulamentos do PSD.

Mas, nestes últimos dois anos, o CJN transformou-se num órgão “travesti”.

Hoje, o CJN é um órgão de carácter eminentemente político, sendo uma extensão de Marques Mendes, no qual as mais básicas regras jurídicas são sistematicamente rasgadas em prol do “superior interesse do Partido e da sua liderança”. E tudo é feito na cândida roupagem da “isenção” e “equidistância” que devem pautar a actuação de um órgão jurisdicional!

Por isso, não é por acaso que fui uma voz crítica dentro do CJN.

Contudo, o que se tem ouvido e lido nos últimos dias ultrapassa os limites de toda a decência.

Agradecimento

[clique na imagem para aumentar]

Na sua edição de ontem, o Público teve a amabilidade de transcrever o meu post “Quotas e casos de polícia…”

Naturalmente, fico lisonjeado pelo facto do Discurso Directo ser citado num jornal de expressão nacional.

Obrigado.

Nota:
Aos anónimos e pseudónimos que procuram “encharcar” este blog com comentários meramente ofensivos, sabe-se lá com que intuito, quero recordar-lhes que tenho o sistema de moderação activado. Portanto, tentem a vossa “sorte” noutras bandas. É a vida.

23 setembro, 2007

Quotas e casos de polícia...

A polémica das quotas e dos cadernos eleitorais para a eleição do próximo líder do PSD tem andado ao rubro e a comunicação social tem dado o devido destaque à mesma.

Agora, não percebo porque nenhum órgão de comunicação social fez – até ao momento - qualquer referência à frase mais polémica sobre esse assunto, proferida ontem por Moita Flores, presidente da Câmara de Santarém e apoiante de Luís Filipe Menezes:

“O que se tem passado com as quotas e os cadernos eleitorais é um caso de polícia. E disso percebo eu!”

Ainda quero ver se no final deste processo eleitoral não vamos ter outro tipo de processos…

19 setembro, 2007

Confiança


Luis Filipe Menezes regressa hoje à Azambuja para um convívio com militantes.

Num curto espaço de dois anos, esta é a terceira deslocação de Menezes ao Concelho de Azambuja. A primeira, na pré-campanha para as Autárquicas’2005. A segunda, em Abril passado quando foi o orador principal no Colóquio "Ganhar uma Autarquia, Modernizar um Concelho". Agora, no âmbito da sua campanha para líder do PSD.

Além de Manuela Ferreira Leite, nunca houve um dirigente do PSD que tivesse demonstrado tanta disponibilidade para vir à Azambuja.

É sinal de que Menezes confia nos militantes do PSD/Azambuja.

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17 setembro, 2007

A ler.

Sugiro a leitura do artigo hoje publicado por Marie-Christine Tabet no Le Figaro sobre a incapacidade da Esquerda francesa de lidar com os problemas da imigração.

Interessante.

15 setembro, 2007

Subscrevo.


A propósito do “Caso Scolari”, Pedro Correia publicou ontem no Corta-Fitas um post intitulado “Povo que lavas no rio”, cujo teor subscrevo e aqui transcrevo:

«As televisões e as rádios abriram ontem os microfones às opiniões do "povo" a propósito do lamentável caso Scolari. E, como seria de esperar, logo o dislate andou à solta. Atingindo níveis raramente registados mesmo neste género de programas que dão púlpito nacional à conversa de taberna. Um dos "populares" com direito a antena chamava ontem a Scolari um "emigrante arrogante, agressivo e mentiroso". Outro foi ao ponto de dizer que o seleccionador, "como emigrante, devia deixar o nosso país por decisão do ministro dos Negócios Estrangeiros".
Ia escutando isto, com um crescente sentimento de náusea, enquanto pensava como no futebol, à semelhança do que se passa na generalidade dos sectores, mantemos uma inveja atávica e puramente irracional em relação a todos os protagonistas de sucesso. Assim que estes protagonistas têm um momento difícil, cai-lhes em cima todo um batalhão de gente rancorosa e despeitada. E logo a mais reles xenofobia surge à tona, desmentindo os "brandos costumes" que nos servem de emblema.
Nestas alturas, envergonho-me de ser português. Envergonho-me deste "povo" que embandeirou em arco com os triunfos da selecção das quinas no Europeu de 2004 e no Mundial de 2006, e agora se apressa a exigir a deportação de Scolari, como se vivêssemos na Idade Média, enquanto mantém as bandeiras portuguesas - que ele tornou um símbolo de festa nacional - transformadas em farrapos na solidão das varandas.»

14 setembro, 2007

Há 25 anos


GRACE KELLY
12/11/1929 - 14/09/1982

11 setembro, 2007

Há 6 anos

10 setembro, 2007

Nabos?


Não resisto a publicar esta frase, que me foi enviada pelo Filipe Santos:

"Somos um país essencialmente agrícola: Uns já cavaram, outros vão cavar e os que ficam são nabos!"


Declaração de intenções

Neste recomeço de actividade do Discurso Directo cabe fazer uma declaração de intenções a propósito da disputa pela liderança do Partido Social Democrata.

Tal como no Congresso de Pombal, vou apoiar a candidatura de Luís Filipe Menezes

Estou certo que os leitores do Discurso Directo não estranham a minha opção. Sabem que estou na Política por ideais e convicções, não por conveniências.

Além de que nunca tive jeito para “cambalhotas” ou “piruetas”. Deixo essa arte circense para outros…

Mas, seja bem-vindo quem vier por bem!

07 setembro, 2007

Os intervalos também se abatem

Ontem à noite, enquanto atravessava a Rua Latino Coelho, encontrei casualmente um velho amigo e companheiro do PSD.

Depois dos cumprimentos da praxe, o meu amigo perguntou o que se passava com o Discurso Directo. Limitei-me a responder: “Está de férias”.

Após esta resposta, tomei consciência que já era tempo de voltar ao “trabalho”, pois o “intervalo” já vai demasiado longo.

Consequentemente, a partir de hoje, as postagens vão regressar e a prometida reformulação do Discurso Directo vai começar a dar os seus primeiros passos.

Até breve!


 
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