O Império dos Pardais

Da pena de João Paulo Oliveira e Costa - biógrafo de D. Manuel I - surge O Império dos Pardais, um romance histórico cuja acção está centrada no reinado daquele monarca e, portanto, no auge da afirmação do Império Marítimo Português.

A trama passa-se como num thriller de espionagem, pois estão em causa os serviços secretos d’ O Venturoso, mas revela-nos ao mesmo tempo, com qualidade e rigor histórico, uma das mais emocionantes cidades dos séculos XV-XVI: Lisboa.

É um livro fantástico que termina como começou: no Rossio, entre pardais, pombos e gaivotas, uma metáfora feliz para falar dos países e das pessoas, suas ambições e seus limites, seus sonhos e suas derrotas.

“O Rossio animava-se com o movimento das pessoas. Um bando de pombos esvoaçava incomodado por umas gaivotas atrevidas que haviam deixado a proximidade do Tejo para entrar nos seus domínios; pequenos pardais aproveitavam aquele alvoroço para debicar migalhas perdidas pelo chão, ocupando por sua conta uma das esquinas da praça e espalhando-se por algumas ruas laterais. Miguel observava aqueles pequenitos vivaços que evitavam os conflitos entre os maiores e que se fortaleciam enquanto os outros se desgastavam. Com um sorriso nos lábios pensava: «É assim que os pardais constroem seus impérios.»"