DISCURSO DIRECTO

16 abril, 2008

Pinho e a Crise

Em 13 de Outubro de 2006, o Ministro da Economia, Manuel Pinho [na foto], anunciou triunfalmente que «a crise na economia portuguesa acabou».

Há cerca de um mês, o economista Miguel Cadilhe avisou que Portugal se encontra em «recessão económica grave».

A taxa de desemprego em Portugal teima em não descer e continua acima da média europeia. Portugal tem a quinta taxa mais elevada da Europa, com quase 450 mil portugueses sem trabalho.

Por outro lado, cem mil famílias portuguesas estão com dificuldades para cumprirem com os empréstimos bancários.

Segundo dados do Fundo Monetário Internacional, Portugal vai voltar a ter em 2008 um dos mais elevados níveis de endividamento externo da Zona Euro, num valor que ascende a 9,5 por cento da riqueza produzida internamente.

Estes são apenas alguns dados da actual situação económica portuguesa.

Contudo, ontem, durante mais uma cerimónia de mera propaganda eleitoral (desta feita a propósito do gás natural), o Ministro da Economia recusou pronunciar-se sobre os últimos indicadores económicos que revelam uma subida da inflação e uma fraca performance da economia portuguesa face à Zona Euro.

Em Outubro de 2006, o Sr. Ministro foi lesto a declarar o fim da crise.
Agora, furta-se às perguntas dos jornalistas porque não quer dar a resposta que já é óbvia para todos: a crise está aí, não acabou e tem tendência para se agravar!

No mínimo, o Sr. Ministro deveria pedir desculpas aos portugueses pelo seu dislate do Outono de 2006.


 
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