Sócrates
Sobre o tema político da semana, algumas breves notas:
1) Registo que a polémica sobre as habilitações académicas de José Sócrates “estalou” há muito tempo na blogosfera, com particular destaque no Do Portugal Profundo. Ou seja, os Old Media foram a reboque desta nova –mas cada vez mais importante – realidade comunicacional que são os sites pessoais e os blogs. Esta é uma alteração substantiva à qual a classe política não pode ficar indiferente, tanto mais que nestas novas plataformas de comunicação não existem editores a seleccionar informação ou a ponderar sobre o timing da publicação.
2) Pouco importa saber se José Sócrates é ou não “Engenheiro”. Não é isso que faz dele um bom ou mau Primeiro-Ministro. A História está recheada de bons agentes políticos e governantes sem qualquer habilitação académica superior (recordo apenas o caso de Jacques Delors).
3) Agora, já importa saber se José Sócrates teve “facilidades” no seu percurso académico, se foi beneficiado pelos docentes na realização de exames e na respectiva atribuição de notas. Se tal aconteceu, os respectivos professores têm de ser punidos, porque todos os alunos têm direito a ser avaliados de acordo com os mesmos critérios. Numa democracia consolidada é inadmissível que um governante que seja estudante tenha direito a uma espécie de “via verde” para concluir o seu curso.
4) Importa ainda saber se José Sócrates mentiu conscientemente e ao longo de vários anos sobre as suas habilitações académicas. Essa mentira – a existir – não é um “caso de polícia”, mas sim uma grave falta de carácter. E desse ponto de vista, as explicações que Sócrates ontem deu na RTP não me convenceram.
1) Registo que a polémica sobre as habilitações académicas de José Sócrates “estalou” há muito tempo na blogosfera, com particular destaque no Do Portugal Profundo. Ou seja, os Old Media foram a reboque desta nova –mas cada vez mais importante – realidade comunicacional que são os sites pessoais e os blogs. Esta é uma alteração substantiva à qual a classe política não pode ficar indiferente, tanto mais que nestas novas plataformas de comunicação não existem editores a seleccionar informação ou a ponderar sobre o timing da publicação.
2) Pouco importa saber se José Sócrates é ou não “Engenheiro”. Não é isso que faz dele um bom ou mau Primeiro-Ministro. A História está recheada de bons agentes políticos e governantes sem qualquer habilitação académica superior (recordo apenas o caso de Jacques Delors).
3) Agora, já importa saber se José Sócrates teve “facilidades” no seu percurso académico, se foi beneficiado pelos docentes na realização de exames e na respectiva atribuição de notas. Se tal aconteceu, os respectivos professores têm de ser punidos, porque todos os alunos têm direito a ser avaliados de acordo com os mesmos critérios. Numa democracia consolidada é inadmissível que um governante que seja estudante tenha direito a uma espécie de “via verde” para concluir o seu curso.
4) Importa ainda saber se José Sócrates mentiu conscientemente e ao longo de vários anos sobre as suas habilitações académicas. Essa mentira – a existir – não é um “caso de polícia”, mas sim uma grave falta de carácter. E desse ponto de vista, as explicações que Sócrates ontem deu na RTP não me convenceram.
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