Um bom livro é uma excelente prenda... (1)
E aqui ficam as minhas (primeiras) sugestões literárias para o Natal’2006:
HOLOCAUSTO (Gerald Green)
Li este livro, pela primeira vez, no verão de 1985. E recordo-me como se fosse hoje: li-o de um trago, com sofreguidão. Devorei as suas 457 páginas de uma manhã até à madrugada do dia seguinte; na verdade, apenas parava para comer qualquer coisa.
E é esse o efeito que Holocausto nos provoca - ler, ler, ler até conhecer o final da história que envolve os judeus da família Weiss e o oficial SS Erik Dorf, numa época em que estava em curso a maior exterminação fria e organizada do “Povo Eleito”.
É um livro apaixonante, mas duro, violento, real, triste.
Quando o presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, declara que o Holocausto “é um mito” e organiza conferências revisionistas em Teerão (como a da semana passada), a leitura de Holocausto impõe-se para que a memória não se apague.
EMIGRANTES (Ferreira de Castro)
Publicada em 1928, esta obra neo-realista conta-nos as aventuras e desventuras do português Manuel da Bouça, que partiu do Portugal dos inícios do século passado à busca do “eldorado” brasileiro.
As dificuldades, as provações, a saudade, o sonho do emigrante, tudo nos é dado numa escrita bela e muitas vezes comovente.
As questões da emigração e da imigração estão na ordem do dia, nomeadamente no seio da União Europeia, por isso a leitura de Emigrantes permite-nos uma visão do drama e da esperança que muitos portugueses viveram quando decidiram procurar trabalho noutro país.
ÍCONE (Frederick Forsyth)
Ao bom estilo de Forsyth, este livro oferece-nos uma trama inteligente que se desenvolve numa Rússia com uma grave crise económica e social, submersa em hiperinflacção, caos, corrupção e crime, na qual desponta um novo “salvador” – Igor Komarov, líder do Partido da União das Forças Patrióticas.
O roubo de um documento secreto – o “Manifesto Negro” - revelará quem é Komarov e quais são os seus verdadeiros objectivos, o que põe em campo James Monk, ex-agente da CIA…
Ícone é, sem dúvida, um excelente romance e quiçá actual, nomeadamente, tendo em conta os recentes assassinatos de Anna Politkovskaya e Alexander Litvinenko, que aparentemente envolvem agentes do ex-KGB - e da sua “sucessora” FSB - e têm como pano de fundo a sucessão de Vladimir Putin à frente dos destinos da Rússia.
PRIMEIRO ENTRE IGUAIS (Jeffrey Archer)
Neste romance acompanhamos as carreiras de quatro ambiciosos deputados - Raymond Gould, Andrew Fraser, Simon Kerslake e Charles Seymour - , que ascendem aos seus lugares em Westminster pela primeira vez na década de 60.
Com este livro de Archer, assistimos aos seus embates políticos durante trinta anos no Governo e na Oposição, sendo que um deles será nomeado primeiro-ministro…
Num tempo em que se aproximam as eleições legislativas que irão determinar quem será o primeiro-ministro que vai substituir Tony Blair, este romance é também um bom instrumento para conhecer melhor os meandros da política britânica, designadamente no que respeita aos seus sistemas político, partidário e eleitoral.
HOLOCAUSTO (Gerald Green)
Li este livro, pela primeira vez, no verão de 1985. E recordo-me como se fosse hoje: li-o de um trago, com sofreguidão. Devorei as suas 457 páginas de uma manhã até à madrugada do dia seguinte; na verdade, apenas parava para comer qualquer coisa.
E é esse o efeito que Holocausto nos provoca - ler, ler, ler até conhecer o final da história que envolve os judeus da família Weiss e o oficial SS Erik Dorf, numa época em que estava em curso a maior exterminação fria e organizada do “Povo Eleito”.
É um livro apaixonante, mas duro, violento, real, triste.
Quando o presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, declara que o Holocausto “é um mito” e organiza conferências revisionistas em Teerão (como a da semana passada), a leitura de Holocausto impõe-se para que a memória não se apague.
EMIGRANTES (Ferreira de Castro)
Publicada em 1928, esta obra neo-realista conta-nos as aventuras e desventuras do português Manuel da Bouça, que partiu do Portugal dos inícios do século passado à busca do “eldorado” brasileiro.
As dificuldades, as provações, a saudade, o sonho do emigrante, tudo nos é dado numa escrita bela e muitas vezes comovente.
As questões da emigração e da imigração estão na ordem do dia, nomeadamente no seio da União Europeia, por isso a leitura de Emigrantes permite-nos uma visão do drama e da esperança que muitos portugueses viveram quando decidiram procurar trabalho noutro país.
ÍCONE (Frederick Forsyth)
Ao bom estilo de Forsyth, este livro oferece-nos uma trama inteligente que se desenvolve numa Rússia com uma grave crise económica e social, submersa em hiperinflacção, caos, corrupção e crime, na qual desponta um novo “salvador” – Igor Komarov, líder do Partido da União das Forças Patrióticas.
O roubo de um documento secreto – o “Manifesto Negro” - revelará quem é Komarov e quais são os seus verdadeiros objectivos, o que põe em campo James Monk, ex-agente da CIA…
Ícone é, sem dúvida, um excelente romance e quiçá actual, nomeadamente, tendo em conta os recentes assassinatos de Anna Politkovskaya e Alexander Litvinenko, que aparentemente envolvem agentes do ex-KGB - e da sua “sucessora” FSB - e têm como pano de fundo a sucessão de Vladimir Putin à frente dos destinos da Rússia.
PRIMEIRO ENTRE IGUAIS (Jeffrey Archer)
Neste romance acompanhamos as carreiras de quatro ambiciosos deputados - Raymond Gould, Andrew Fraser, Simon Kerslake e Charles Seymour - , que ascendem aos seus lugares em Westminster pela primeira vez na década de 60.
Com este livro de Archer, assistimos aos seus embates políticos durante trinta anos no Governo e na Oposição, sendo que um deles será nomeado primeiro-ministro…
Num tempo em que se aproximam as eleições legislativas que irão determinar quem será o primeiro-ministro que vai substituir Tony Blair, este romance é também um bom instrumento para conhecer melhor os meandros da política britânica, designadamente no que respeita aos seus sistemas político, partidário e eleitoral.
Etiquetas: livros
1 Comments:
"Os Emigrantes" de Ferreira de Castro não é um romance neo-realista.
O movimento nasceria cerca de dez anos depois.
É verdade que nele encontramos grandes preocupações sociais; porém, a sua estética ainda não é a do também chamado realismo-socialista.
By Manuel da Mata, at 1/1/07 17:42
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