A demissão
A propósito da demissão de Henrique Freitas do cargo de vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD, subscrevo estas palavras de Pacheco Pereira, ontem publicadas no Abrupto:
“Teve razão Henrique Freitas em demarcar-se da posição do Grupo Parlamentar do PSD quanto ao modo como foi recebida uma delegação do PE "sobre os voos da CIA" nas instalações do PSD na Assembleia, como tiveram os ex-ministros Paulo Portas e Figueiredo Lopes em não aceitarem ser interrogados pela mesma comissão. Quem conheça o Parlamento Europeu sabe que este tipo de sub-sub-sub comissões representa um nicho para algumas causas marginais, que as Comissões propriamente ditas não acolhem nem dão estatuto e importância. Aliás, seria interessante saber em que países o trabalho deste grupo tem a relevância que lhe é dada em Portugal, quer por governos, quer pela imprensa.
É verdade que é um deputado do PSD que a dirige, mas o modo como os seus trabalhos são conduzidos e divulgados - com o relatório praticamente escrito já de antemão - não corresponde de nenhum modo às posições em matéria de política externa que é suposto ter o PSD. Mais: o modo como o governo português e o Ministro dos Negócios Estrangeiros foram atacados mereceria a solidariedade do PSD e não a crítica implícita na solicitude em a acolher. Seria muito mais natural que fosse nas salas do Bloco de Esquerda ou do PCP que essa reunião tivesse sido feita, e é um presente de mel dar-lhe a legitimação de reunir numa sala de um partido que é suposto ter uma política externa atlantista. Como o PS neste caso.”
E ainda acrescento o seguinte: o Henrique Freitas agiu bem, com coragem e frontalidade, porque os princípios e as questões de Estado não podem claudicar perante as derivas “bloquistas” e as actuais dúvidas existenciais de alguns dirigentes do PSD.
“Teve razão Henrique Freitas em demarcar-se da posição do Grupo Parlamentar do PSD quanto ao modo como foi recebida uma delegação do PE "sobre os voos da CIA" nas instalações do PSD na Assembleia, como tiveram os ex-ministros Paulo Portas e Figueiredo Lopes em não aceitarem ser interrogados pela mesma comissão. Quem conheça o Parlamento Europeu sabe que este tipo de sub-sub-sub comissões representa um nicho para algumas causas marginais, que as Comissões propriamente ditas não acolhem nem dão estatuto e importância. Aliás, seria interessante saber em que países o trabalho deste grupo tem a relevância que lhe é dada em Portugal, quer por governos, quer pela imprensa.
É verdade que é um deputado do PSD que a dirige, mas o modo como os seus trabalhos são conduzidos e divulgados - com o relatório praticamente escrito já de antemão - não corresponde de nenhum modo às posições em matéria de política externa que é suposto ter o PSD. Mais: o modo como o governo português e o Ministro dos Negócios Estrangeiros foram atacados mereceria a solidariedade do PSD e não a crítica implícita na solicitude em a acolher. Seria muito mais natural que fosse nas salas do Bloco de Esquerda ou do PCP que essa reunião tivesse sido feita, e é um presente de mel dar-lhe a legitimação de reunir numa sala de um partido que é suposto ter uma política externa atlantista. Como o PS neste caso.”
E ainda acrescento o seguinte: o Henrique Freitas agiu bem, com coragem e frontalidade, porque os princípios e as questões de Estado não podem claudicar perante as derivas “bloquistas” e as actuais dúvidas existenciais de alguns dirigentes do PSD.
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