Escravos da rotina?
O Conselho Nacional do PSD vai reunir no próximo dia 16 de Dezembro, sendo que a sua convocação surge após os apelos feitos nesse sentido por Luis Filipe Menezes.
Face a esta “estranha” coincidência, o vice-presidente do PSD, Azevedo Soares, apressou-se a desvalorizar tal convocação e declarou que “os conselhos nacionais, que não passam de reuniões de rotina, realizam-se de três em três meses”.
Esta singela frase de Azevedo Soares contém um elemento politicamente grave e que revela bem o entendimento que alguns ainda têm do Partido Social Democrata.
Ao dizer que o Conselho Nacional não passa de uma reunião de rotina, Azevedo Soares, conscientemente, pretende retirar a relevância política que este órgão ainda detém na estrutura interna do PSD.
Ora, nos termos dos Estatutos Nacionais, o Conselho Nacional do PSD é simplesmente o órgão mais importante entre Congressos, sendo responsável pelo desenvolvimento e execução da estratégia política do Partido definida em Congresso, bem como pela fiscalização política das actividades dos órgãos nacionais e regionais do Partido.
Na verdade, e com excepção do Congresso, este é o único órgão nacional de carácter eminentemente político no qual têm assento as diversas sensibilidades do PSD. Nele encontramos conselheiros afectos à actual liderança, conselheiros eleitos na lista de Luis Filipe Menezes, conselheiros “barrosistas” e até conselheiros que concorreram em listas autónomas e sem qualquer “cordão” às várias sensibilidades internas.
Mais. Com excepção do Congresso, é o único órgão verdadeiramente nacional. De Viana do Castelo ao Algarve, dos Açores a Portalegre, todo o país social democrata encontra-se representado no Conselho Nacional.
“Empacotar” o Conselho Nacional do PSD como uma mera reunião de rotina, como fez Azevedo Soares, mais não é do que dizer a cada um dos conselheiros nacionais que são uns “mangas-de-alpaca”, cuja única função resume-se em declarar “sim, chefe!”, porque o resto é rotina...
Nota:
No Congresso da revisão estatutária, a Comissão Política Nacional recusou as propostas que visavam o reforço das competências do Conselho Nacional em matéria autárquica e regulamentar, por forma a eliminar os vetos “ad hominem” pela Comissão Política Nacional e as constantes suspeições quanto à “bondade” das alterações aos regulamentos internos, designadamente no Regulamento Eleitoral e no Regulamento de Quotizações.
Mais palavras para quê?
Face a esta “estranha” coincidência, o vice-presidente do PSD, Azevedo Soares, apressou-se a desvalorizar tal convocação e declarou que “os conselhos nacionais, que não passam de reuniões de rotina, realizam-se de três em três meses”.
Esta singela frase de Azevedo Soares contém um elemento politicamente grave e que revela bem o entendimento que alguns ainda têm do Partido Social Democrata.
Ao dizer que o Conselho Nacional não passa de uma reunião de rotina, Azevedo Soares, conscientemente, pretende retirar a relevância política que este órgão ainda detém na estrutura interna do PSD.
Ora, nos termos dos Estatutos Nacionais, o Conselho Nacional do PSD é simplesmente o órgão mais importante entre Congressos, sendo responsável pelo desenvolvimento e execução da estratégia política do Partido definida em Congresso, bem como pela fiscalização política das actividades dos órgãos nacionais e regionais do Partido.
Na verdade, e com excepção do Congresso, este é o único órgão nacional de carácter eminentemente político no qual têm assento as diversas sensibilidades do PSD. Nele encontramos conselheiros afectos à actual liderança, conselheiros eleitos na lista de Luis Filipe Menezes, conselheiros “barrosistas” e até conselheiros que concorreram em listas autónomas e sem qualquer “cordão” às várias sensibilidades internas.
Mais. Com excepção do Congresso, é o único órgão verdadeiramente nacional. De Viana do Castelo ao Algarve, dos Açores a Portalegre, todo o país social democrata encontra-se representado no Conselho Nacional.
“Empacotar” o Conselho Nacional do PSD como uma mera reunião de rotina, como fez Azevedo Soares, mais não é do que dizer a cada um dos conselheiros nacionais que são uns “mangas-de-alpaca”, cuja única função resume-se em declarar “sim, chefe!”, porque o resto é rotina...
Nota:
No Congresso da revisão estatutária, a Comissão Política Nacional recusou as propostas que visavam o reforço das competências do Conselho Nacional em matéria autárquica e regulamentar, por forma a eliminar os vetos “ad hominem” pela Comissão Política Nacional e as constantes suspeições quanto à “bondade” das alterações aos regulamentos internos, designadamente no Regulamento Eleitoral e no Regulamento de Quotizações.
Mais palavras para quê?
1 Comments:
Caro António:
Concordo inteiramente com o que escreveste acerca do conselho nacional do PSD.Acho que o mais importante orgão entre congressos deve reunir nao apenas quando os estatutos o determinam mas,essencialmente,quando a politica o exige.
Claro que o Dr Mendes e seus ajudantes tem um entendimento bem diferente e por isso, desde Maio, o Conselho reuniu apenas uma vez.
Ou seja,nem os estatutos cumprem !
Agora uma coisa é certa:quando a direcção do partido não quer dizer nada de nada...manda Azevedo Soares.
Que evidentemente diz o que pensa(ao menos isso)mas obviamente não pensa no que diz.
E o resultado está á vista...
By Luis Cirilo, at 28/11/06 01:05
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