O Novo Aeroporto de Ota e as Tentações dos Interesses
A NAER apresentou ontem, numa sessão pública realizada em Azambuja, as oportunidades de desenvolvimento local e regional que podem decorrer da construção do novo aeroporto na Ota.
A longa lista apresentada pela NAER encontra-se bem plasmada na edição de hoje do Jornal de Notícias.
Pela minha parte, mantenho o que escrevi, há precisamente 6 anos, num artigo com o mesmo título do presente post e que aqui transcrevo:
A longa lista apresentada pela NAER encontra-se bem plasmada na edição de hoje do Jornal de Notícias.
Pela minha parte, mantenho o que escrevi, há precisamente 6 anos, num artigo com o mesmo título do presente post e que aqui transcrevo:
“(...) o investimento necessário será muito superior, pois envolve a construção de um conjunto significativo de infra-estruturas rodoviárias e ferroviárias, de instalações para várias entidades aeroportuárias (como sejam, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Alfândega, Polícia, Brigada Fiscal Aduaneira).
Como se vê, durante os próximos dez anos, os concelhos limítrofes ao novo aeroporto, incluindo obviamente o nosso Concelho de Azambuja, serão fortes pólos de atracção para novos investimentos públicos e privados.
A previsão de uma explosão urbanística é realista, pois toda esta área deverá ser beneficiada com mais e melhores vias de comunicação, que permitirão um acesso ainda mais rápido a Lisboa, à Península de Setúbal e ao Oeste.
Contudo, o crescimento urbano – que terá como principal promotor a iniciativa privada – impõe a opção por um desenvolvimento equilibrado e com qualidade de vida. A pressão será muita, mas a construção de mais jardins de infância, de mais escolas, de novos equipamentos de saúde tem de ser garantida pelos poderes públicos.
A iniciativa privada terá grandes oportunidades de negócio na construção civil, assim como na promoção e exploração de unidades hoteleiras, de empresas no ramo dos transportes de aluguer, nos serviços e logística, entre outras áreas de investimento.
Mas, o maior impacto da iniciativa privada será concerteza nos investimentos imobiliários e na construção civil, pois um projecto desta dimensão e com tão longo prazo de execução, “força” a necessidade da construção de novas habitações.
Ora, se não forem tomadas algumas medidas preventivas, esta situação poderá provocar uma forte especulação imobiliária, com claro prejuízo no futuro valor do preço por habitação, que subirá para preços muito mais altos dos actualmente praticados.
É nossa obrigação estar muito atentos a toda esta situação, porque o Concelho de Azambuja corre o risco de se deixar enredar num jogo sem regras, onde aqueles que procuram o lucro fácil poderão ter muito sucesso à custa do nosso próprio património concelhio (...)”
3 Comments:
Estou genéricamente de acordo com os considerandos que fazes,quer os de agora quer os de há seia anos atrás.
Tenho contudo uma posição de principio da qual não tenho razoes para sair: A Ota é um disparate que todos vamos pagar bem caro.
É a minha opiniao.
By Luis Cirilo, at 28/7/06 14:35
As palavras que escreveste estão certas e não perderam a validade.
E o teu PSD ai na Azambuja não diz nada sobre isto?
By Anónimo, at 28/7/06 14:57
Julgo que todos estamos a ver o disparate que se pretende cometer.
Por mim, julgo que um investimento desta envergadura exigiria um referendo.
By Quico, at 2/8/06 01:56
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