Um Homem
Terminei a (re)leitura de “Um Homem”, escrito por Oriana Fallaci. É um dos meus livros de cabeceira.
Baseada em factos verídicos, esta obra de Fallaci é inspirada em Alexander (Alekos) Panagoulis, um poeta e revolucionário grego que se opôs à “Ditadura dos Coronéis” (1967-1974).
Panagoulis foi preso diversas vezes, torturado, exilado, perseguido, mas continuou sempre a lutar contra a ditadura militar de George Papadopoulos. Nunca desanimou. Nunca desistiu. Até os vis carcereiros o respeitavam, impressionados com a impossibilidade de dobrar Panagoulis. Após o derrube da ditadura, Alekos foi eleito deputado, mas teve muitas dificuldades em se adaptar à Democracia, pois entendia que tudo tinha mudado para tudo ficar na mesma. Por isso, continuou a enfrentar os interesses instalados, com a mesma determinação de sempre. Em 1976, Panagoulis morreu num acidente automóvel. As circunstâncias da sua morte continuam muito controversas, havendo suspeitas de que a mesma terá sido ordenada por responsáveis da antiga junta militar, tanto mais que Alekos ia tornar público alguns relatórios secretos que envolviam membros do governo grego com a “Ditadura dos Coronéis”.
Página após página, e sem que Oriana Fallaci endeuse Panagoulis (com quem manteve uma relação amorosa), é-nos dado a conhecer um ser humano, com fragilidades e dúvidas, que enfrentou difíceis adversidades sem nunca desistir das suas convicções.
“Um Homem” é um testemunho de coragem, perseverança e determinação.
É um livro para (re)ler sempre.
Etiquetas: livros
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