DISCURSO DIRECTO

01 junho, 2006

Discurso Directo


Este blog é um espaço de liberdade.
Nele vou publicar a minha opinião sobre as mais diversas questões, da Política à Literatura, do PSD à Azambuja, da Economia às minhas viagens por esse país fora.
E vou fazê-lo como sempre: de forma frontal, sem medo e sem complexos.
Até breve!

1 Comments:

  • EXISTE LIBERDADE?
    Meu caro António, os meus sinceros parabéns por este espaço.

    “Um espaço de liberdade” é o que pretende? Mas, se me permite, pergunto: que liberdade?

    A liberdade da Grécia antiga, por exemplo, onde um indivíduo era livre de desenvolver o seu trabalho, embora somente em espaços públicos?

    A liberdade que Marx defendia na sua “criação” de um homem novo, por exemplo, “como um direito de todos e não como um privilégio”?

    A liberdade de Rosseau, por exemplo, que imaginava que o homem nascia livre e era a própria sociedade que limitava a sua liberdade, e onde a liberdade de cada um era o limite natural da liberdade de todos os outros?

    A liberdade de Bakunin, por exemplo, oposta à de Rosseau, onde o homem não nascia livre e por isso não possuía nenhuma liberdade anterior à sociedade, e era essa sociedade que potencializava a sua liberdade individual?

    A liberdade como os anarquistas a concebe, por exemplo, onde “Liberdade” é uma palavra sublime que designa uma grande coisa, mas que, entretanto, requer ser bem definida, sem o que não se escapa ao equívoco? "A liberdade sem o socialismo, é o privilégio, a injustiça; o socialismo sem a liberdade é a escravidão e a brutalidade". Como muito bem sabe, a palavra "libertário" antecede a própria palavra "anarquista" para designar uma corrente dentro do socialismo e que opôs Marx a Bakunin.

    O homem de fé é antes de tudo um poeta, e hoje, na verdade, todos nós continuamos a lutar pela “Liberdade”, embora saibamos que estamos longe de viver em liberdade. Mas persistimos nesse ideal, dando razão a François Fènelon: “O mais livre de todos os homens é aquele que consegue ser livre na própria escravidão”.

    Mas, nesta hora difícil, nunca é de mais lembrar Victor Hugo: “Chega sempre a hora em que não basta apenas protestar; após a filosofia, a acção é indispensável”.

    Nos nossos dicionários de Língua Portuguesa, LIBERDADE é a “faculdade de uma pessoa poder dispor de si, fazendo ou deixando de fazer por seu livre arbítrio qualquer coisa; gozo dos direitos do homem livre; independência; autonomia; permissão; ousadia”.

    Quando a “homem Livre” seria motivo para mais uma dissecação; vamos ficar pela “ousadia”.

    Sejamos “ousados”, então.

    Um abraço, e desculpas pela “provocação”

    Hernâni de Lemos Figueiredo
    hernani.figueiredo@hlf.jazznet.pt

    By Anonymous Anónimo, at 2/6/06 00:49  

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