Direita vs. Esquerda
Na sequência do comentário da Maria João ao “Excertos – IV” de ontem, quero aqui reafirmar que sou um social-democrata convicto.
Não sou social-democrata por uma qualquer razão sentimental ou clubística. Não sou social-democrata por causa da cor laranja (que nem gosto). Não sou social-democrata por gostar das setas do PSD, mas já o sou pelo seu significado.
Entre outras razões, que ficam para um outro post, acredito convictamente que a praxis reformista é aquela que melhor serve os interesses do Povo Português, nomeadamente para a construção de um Portugal com mais confiança, mais competitivo e baseado na excelência e na eficiência, um Portugal que não tenha medo de ocupar o seu lugar entre os melhores e que seja determinado na afirmação de uma sociedade mais justa e solidária.
Agora, as nossas referências literárias e/ou culturais não determinam se somos ou não de Direita ou de Esquerda. Esse é, aliás, um erro crasso da dita Esquerda portuguesa.
Na verdade, no tempo em que vivemos, a dicotomia Esquerda/Direita já não pode ser analisada nos termos que resultaram da Revolução Francesa ou a que nos temos habituado.
Hoje, é normal que uma proposta do Bloco de Esquerda recolha apoios no eleitorado do centro-direita. Mas, também é normal que um qualquer projecto do CDS-PP tenha aceitação no dito eleitorado da Esquerda.
Alguém duvida que a proposta de redução de impostos tem a simpatia da Direita à Esquerda? Alguém questiona que um projecto-de-lei para baixar as taxas moderadoras na Saúde consegue o apoio esmagador dos eleitores portugueses, do PCP ao PRN?
Por isso, o que é ser de Direita? O que é ser de Esquerda?
Para simplificar essa questão, e a título de mera sugestão, recomendo que respondam ao inquérito da POLITICAL COMPASS, cujo endereço é o seguinte:
http://politicalcompass.jpagel.net/questionnaire.php
Depois de responderem a este intrigante inquérito, de duas uma: Ou confirmam que são aquilo que pensam. Ou descobrem que não são aquilo que dizem.
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