A Derrota do Radicalismo
A vitória de Alan García na segunda volta das eleições presidenciais peruanas é o triunfo do "mal menor".
Esta conclusão pode soar chocante para os que têm na memória o desastre que foi a sua primeira Presidência, entre 1985 e 1990. García deixou então o seu país cheio de problemas, com hiperinflação, violência terrorista promovida pelo Sendero Luminoso e muita corrupção.
Sucede que a alternativa ao ex-presidente García era ainda mais temível. Quem disputou a segunda volta com García foi Ollanta Humala, um ex-militar que já participou numa revolta militar e que tinha como únicas credenciais um discurso nacionalista histriónico e o apoio do presidente venezuelano, Hugo Chávez.
Eis algumas das promessas de Humala: a proibição de companhias estrangeiras em sectores "estratégicos" e a industrialização da produção de folhas de coca!...
Mais. Humala foi acusado de esconder as suas verdadeiras posições, que seriam tão radicais quanto as do resto da sua família: o pai e o irmão militam num partido que pretende refundar o império inca, numa democracia exclusiva para índios e mestizos!?
Esta conclusão pode soar chocante para os que têm na memória o desastre que foi a sua primeira Presidência, entre 1985 e 1990. García deixou então o seu país cheio de problemas, com hiperinflação, violência terrorista promovida pelo Sendero Luminoso e muita corrupção.
Sucede que a alternativa ao ex-presidente García era ainda mais temível. Quem disputou a segunda volta com García foi Ollanta Humala, um ex-militar que já participou numa revolta militar e que tinha como únicas credenciais um discurso nacionalista histriónico e o apoio do presidente venezuelano, Hugo Chávez.
Eis algumas das promessas de Humala: a proibição de companhias estrangeiras em sectores "estratégicos" e a industrialização da produção de folhas de coca!...
Mais. Humala foi acusado de esconder as suas verdadeiras posições, que seriam tão radicais quanto as do resto da sua família: o pai e o irmão militam num partido que pretende refundar o império inca, numa democracia exclusiva para índios e mestizos!?
Registo que, finalmente, os eleitores derrotaram o populismo desmedido e a esquerda utópica e frentista que encontra em Chávez o “sol que ilumina a América do Sul”.
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