DISCURSO DIRECTO

30 março, 2007

Excertos - XXI

“ O grande mal dos modernos é ter perdido o senso comum sem ter aprendido a raciocinar. Isto é de resto apenas uma forma do mal de hoje: o termo-nos desligado do passado sem nos termos adaptado ainda ao futuro”


Páginas de Pensamento Político – 1 (1910-1919), de Fernando Pessoa

27 março, 2007

Corrida Solidária

Ontem de manhã, as crianças do Centro Social e Paroquial de Azambuja participaram na Corrida Solidária, uma iniciativa que tem como objectivo angariar fundos para o projecto Escolinhas Comunitárias Rurais, promovido pelos Médicos do Mundo em Moçambique.

As minhas duas “campeãs” também se equiparam a preceito e correram com os seus coleguinhas.


24 março, 2007

A ler...

O Diário de Notícias publicou hoje um interessante artigo da politóloga Marina Costa Lobo sobre a actual situação interna do CDS-PP e do PSD.

Aqui fica um breve excerto:

“As guerras dentro de partidos podem ser úteis e proveitosas, desde que sejam feitas com base em objectivos políticos claros, visando imprimir um novo rumo ideológico. Sem essas características, sobram apenas os contornos da ambição pessoal e do carreirismo como factores explicativos das manobras políticas.”

23 março, 2007

O Génio

Leonardo da Vinci foi o mais multifacetado génio do Renascimento: pintor, projectista, inventor, anatomista, músico, cenógrafo, filósofo…

Para quem queira (re)descobrir a vida de Leonardo, sugiro a leitura de Leonardo da Vinci – O voo da mente, de Charles Nicholl.

Tendo por base um conjunto significativo de fontes contemporâneas e esquadrinhando os cantos menos conhecidos dos cadernos de apontamentos do próprio Leonardo, esta obra de Nicholl, recheada de interessantes pormenores sobre o afã quotidiano do génio, acompanha o percurso notável de Leonardo desde as suas obscuras origens na Toscana até ao fim dos seus dias nas margens do Loire, onde se encontrava ao serviço do monarca francês Francisco I.

Vale a pena.

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21 março, 2007

A mesma moeda (II)

Face ao avanço de Paulo Portas e às dificuldades de afirmação de Marques Mendes, Pedro Santana Lopes ficou “aos saltos” e começou logo a criar “factos políticos” que lhe permitiram uma panóplia de declarações na comunicação social, nas quais nunca afastou um regresso à liderança do seu PPD/PSD.

aqui escrevi que “Pedro Santana Lopes é e gosta de ser um homem mediático. Por isso, quando não aparece na comunicação social, fica nervoso. É como se só existisse quando aparece numa revista, num jornal ou num canal de televisão. Consequentemente, PSL não tem sabido lidar com o silêncio. E tal conduziu à própria banalização de PSL. Onde antes havia novidade, hoje existe dificuldade em «passar a mensagem»”.

Mantenho estas palavras.

PSL não quer aceitar o período sabático.

Isso significa que PSL não compreende que os portugueses ainda não se esqueceram da sua “governação-relâmpago”.

Significa que PSL não compreende que os militantes do PSD, com ou sem razão, ainda têm na memória o “Menino Guerreiro”.

Aliás, não é por acaso que PSL não tem “tropas” para uma tentativa de assalto idêntica à chefiada por Portas. De facto, o impacto mediático de PSL não tem representação na realidade partidária interna.

Neste sentido, o maior “seguro de vida” de Marques Mendes é uma recandidatura de PSL à liderança social-democrata.

Mais. Estou em crer que, neste momento, até o simples apoio de PSL a uma qualquer candidatura à liderança terá sempre os efeitos do ácido sulfúrico…

20 março, 2007

A mesma moeda (I)

Paulo Portas e Pedro Santana Lopes são as duas faces da moeda.

Pertencem à mesma geração política, possuem uma grande capacidade comunicacional, “vivem” da política-espectáculo, acalentam o sonho de liderar o espaço político e sociológico do “centro e da direita”, já foram presidentes dos respectivos partidos.

Agora, ambos querem recuperar as lideranças perdidas.

É um desejo legítimo. Mas, tal desejo não serve os interesses do CDS-PP e do PSD. Senão, vejamos.

No anúncio do seu “regresso”, Portas apresentou-se como um homem diferente e um político moderno. Apresentou-se como um institucionalista e o garante da unidade interna do seu partido.

Ora, os acontecimentos dos últimos dias confirmaram que Portas é um político sem ética, que vive do mais puro tacticismo e com uma sede de poder insaciável.

Na sua outra “encarnação”, Portas não hesitou em imolar o seu amigo Manuel Monteiro. Agora, vai “tomar de assalto” o CDS-PP.

Apesar da resistência de Ribeiro e Castro, tenho poucas dúvidas que Portas sairá vencedor neste combate político.

Mas, será uma vitória amarga. O CDS-PP é um partido profundamente dividido, que terá graves dissensões internas.

E essa será a imagem de marca do “novo” CDS-PP e do seu “novel” líder.

Portas terá a sua vitória interna, mas a direita vai aprofundar a sua crise.

19 março, 2007

A Crise do CDS (versão Sergio Leone)

16 março, 2007

Correio dos Leitores

Aqui publico o texto que me foi enviado pelo Manuel Oliveira da Silva (Vilarinho), da Trofa.

O Sr. Presidente da República na sua recente visita ao Luxemburgo, aquando a comemoração do seu primeiro aniversário em funções, entendeu por bem estar junto dos imigrantes Portugueses residentes naquele País. A nossa embaixada escolheu como ponto de visita do itinerário a Escola Primaria de D´Eich, onde 26 dos alunos são Portugueses. No seu uso da palavra, disse o Sr. Presidente que uma das suas prioridades era a aproximação dos Portugueses a sua terra Natal.

Assim sendo, como é que se justifica a atitude do actual governo com o fecho de várias representações consulares e com o corte de comparticipação Porte Pago à imprensa regional que está a ser enviada para a comunidade portuguesa espalhada pelo Mundo. Será assim que se vai melhorar esta aproximação? Julgo que não, a ver vamos. Onde é que está a preocupação da divulgação da nossa língua, a nossa educação, a nossa cultura, e acima de tudo o orgulho de ser Português.

Os imigrantes deixaram a sua terra não por opção, mas sim por necessidade e à procura duma vida melhor. Também por lá andei no tempo da chamada Ditadura Salazarista e tinha-mos o apoio do ministério da competência a nível de educação, jornais, revistas, filmes, totalmente gratuito. Pagava-se apenas o aluguer dos projectores.

Hoje estamos a pagar os custo da liberdade moderna, que eu considero Ditadura Democrática, basta verificar as medidas que estão a ser implantadas, a subida de impostos que agrava seriamente as empresas, e em muitos casos o seu fecho. Em nome da contenção o governo fecha escolas, fecha maternidades, fecha urgências e por aí fora.

Para bem de todos nós entendo eu, o melhor que este governo poderia fazer era fechar as portas de São Bento e entregar as chaves a Belém.

Manuel Oliveira da Silva (Vilarinho)

14 março, 2007

Gostaria de...



… ter escrito este texto do Pinhão Cardão, ontem publicado no Quarta República.

13 março, 2007

Marcelo

No seu último “Escolhas”, Marcelo Rebelo de Sousa garantiu que não vai avançar com uma (re)candidatura à liderança do PSD.

Aliás, se o fizesse, Marcelo iria entrar em contradição consigo próprio, nomeadamente perante aquilo que tem dito sobre o regresso de Paulo Portas à presidência do CDS-PP.

Por isso, reafirmo o que aqui publiquei no dia 26 de Fevereiro.

Arte Portuguesa - XI


À Espera, de Ricardo Paula

11 março, 2007

Correio dos Leitores

A falta de tempo impediu a publicação imediata deste texto do João Mota Lopes.

Infelizmente, as palavras do João – que subscrevo na íntegra – não perderam actualidade.


Ontem foi dia da Mulher. Todos, de certa maneira tivemos a oportunidade de o comemorar (concorde-se ou não, a verdade é que é um acontecimento que marca de sobre maneira a agenda de todos nós).
Também foi o dia em que foi proferida a sentença do
julgamento da menina de Ponte Lima.
No mês passado, o
tribunal de Viseu considerou provados, os crimes de abuso sexual de menor agravado por ofensas à integridade física de uma bebé de dois meses, sentenciando 10 anos de prisão. O autor que “colocava-lhe sobre o corpo um lençol ou um cobertor, para não deixar marcas, e agredia-a com palmadas, murros e bofetadas em várias partes do corpo” era o “pai” da criança. A “mãe” desta criança que "em estado de grande sofrimento físico, precisava de tomar analgésicos para que lhe pudessem mudar as fraldas" também apanhou 4 anos e meio.
Sou pai de uma bebé de 19 meses e não compreendo como tudo isto é possível. Principalmente porque vivemos num país europeu.
Não compreendo como acontecem tantas situações de abuso sexual de crianças neste país.
Não compreendo como acontecem tantas situações de maus-tratos a crianças neste país.
Não compreendo como acontecem tantas situações de morte “por causas anormais” de crianças neste país.
Alguma coisa vai mal num país que não cuida dos seus filhos, que não protege a natalidade e a família, e não respeita o valor da vida.
Um país que deixa que um pai que “recorreu a um martelo em plástico e a uma ripa de madeira, para agredir a filha na cabeça e nas nádegas” assuma a paternidade de uma criança ao fim de 10 anos é sem duvida um país imoral.
Com que direito se deixa uma criança durante 10 anos numa instituição, sem a possibilidade de adopção, à espera que o seu pai possa requerer o direito de paternidade. Queremos, por ventura, repetir o caso da Joana?
Para onde caminhamos não sei. Que Juízes temos também não. Mas as crianças não têm culpa. O nosso maior legado merecia mais…


João Mota Lopes
Pai de uma bebé de 19 meses

10 março, 2007

A Rainha

Finalmente, consegui ver A Rainha de Stephen Frears.

De facto, o desempenho de Helen Mirren é fantástico. A atribuição do Oscar de Melhor Actriz não foi por acaso.

Muito bom.

08 março, 2007

As mulheres nos seus dias!... (3)

As mulheres nos seus dias!... (2)

As mulheres nos seus dias!... (1)

05 março, 2007

Voto solitário, mas certo!

Como já aqui escrevi, entendo que a invalidade do Artigo 6º do Plano Director Municipal [que remete para a carta de condicionantes da Reserva Ecológica Nacional] é uma péssima “notícia” para o desenvolvimento sustentado e com qualidade de vida do nosso Concelho.

Tanto mais que apenas deixamos de ter REN após a decisão definitiva quanto à construção do novo aeroporto de Ota…

Por isso, considero que a proposta apresentada pelo vereador António Nobre (CDU) é tecnicamente correcta e politicamente certa.

Em síntese, António Nobre defendeu o seguinte:

1) A Câmara Municipal deveria diligenciar junto da Presidência do Conselho de Ministros “a sanação da omissão da falta de publicação da carta de condicionantes prevista no artigo 6.º do PDM”.

2) A autarquia deveria “proceder à apreciação dos pedidos de licenciamento que envolvam a aplicação da referida regra no pressuposto da sua validade conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Administrativo.

3) O executivo camarário deveria passar a apreciar e decidir sobre os “eventuais pedidos de licenciamento de operações urbanísticas que envolvam as condicionantes previstas na respectiva carta de condicionantes da REN, bem como as derivadas das medidas transitórias previstas nos artigo 17.º do Decreto-Lei n.º 93/60, de 19 de Março”.

A proposta de António Nobre continha o mérito de introduzir factores de defesa do nosso património comum, ao mesmo tempo que impunha limites à discricionariedade da actual maioria socialista em matéria de licenciamentos urbanísticos.

A aprovação de tal proposta seria um travão aos interesses do “betão” e da especulação imobiliária, pois, e recordando o que publiquei noutras ocasiões, “se não forem tomadas algumas medidas preventivas (…) o Concelho de Azambuja corre o risco de se deixar enredar num jogo sem regras, onde aqueles que procuram o lucro fácil poderão ter muito sucesso à custa do nosso próprio património concelhio (...)”.

Lamentavelmente, os três pontos desta importante proposta foram rejeitados:
  • os pontos 1 e 2 receberam os votos contra do PS e do PSD;
  • o ponto 3 foi chumbado com os votos do PS.

Estou afastado da actividade política e autárquica há cerca de 2 anos.

Mas, confesso que, pela primeira vez, tive pena de não ter responsabilidades autárquicas. Se as tivesse, nunca o vereador António Nobre teria votado sozinho os pontos 1 e 2 da sua proposta!

02 março, 2007

Ziguezagues

Marques Mendes terá dito ontem em Viana do Castelo que «Não quero que o PSD volte um dia ao poder, prometendo uma coisa antes das eleições e fazer o contrário depois das eleições. Só quem tem um pensamento político estruturado é que não entra em ziguezagues».

Estas palavras significam que Durão Barroso e os seus ministros não tinham “um pensamento político estruturado”?

Mas, o então Ministro dos Assuntos Parlamentares chamava-se Marques Mendes.

Significam que o Programa Eleitoral que o PSD apresentou a sufrágio nas Legislativas de 2002 não tinha “um pensamento político estruturado”?

Mas, o cabeça-de-lista do PSD pelo Círculo Eleitoral de Aveiro chamava-se Marques Mendes.

A cada dia que passa compreendo menos o meu Partido e os seus dirigentes. Sinceramente, estou a ficar farto.


 
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